Poema para Ana Às vezes eu sei que não há Deus Outras, reparo nos teus olhos, Ana. São realmente olhos? São realmente teus? São mistério de outra raça mais humana? Serão assim os mortos que aparecem E nos afagam com mãos de seda preta? Os teus olhos, Ana, são coisas que acontecem A quem esteve fechada séculos numa gaveta.Se não tivesse vindo o Príncipe estrangeiro Enchendo a nossa casa de ramos de giesta Estariam ainda dragões de nevoeiro A guardar os teus olhos perdidos(...) Natália Correia
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Dominga de Agustina
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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
O Amor Feminino - Dante Alighieri
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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Poesia XI- Gunnar Ekelöf
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domingo, 16 de fevereiro de 2014
A Sabedoria é Feminina
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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Billie Holiday- The Man I Love
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Pura Poesia VII Vinicius de Moraes- Eu Sei Que Vou-te Amar
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua, eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta tua ausência me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
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Amor- Maria Teresa Horta
Invocação Ao Amor
Pedir-te a sensação
a água
o travo
aquele odor antigo
de uma parede
branca
Pedir-te da vertigem
a certeza
que tens nos olhos
quando me desejas
Pedir-te sobre a mão
a boca inchada
um rasto de saliva
na garganta
Pedir-te que me dispas
e me deites
de borco e os meus seios
na tua cara
Pedir-te que me olhes
e me aceites
me percorras
me invadas
me pressintas
Pedir-te que me peças
que te queira
no separar das horas
sobre a língua
Maria Teresa Horta, As Palavras do Corpo, Dom Quixote, Lisboa, 2012.
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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Reflexos- Florbela Espanca
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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Poesia X- Manuel Alegre
Carta a Sophia
ou
o quinto poema do português errante
Querida Sofia: como os índios do seu poema
também eu procurei o país sem mal.
Em dez anos de exílio o imaginei
como os índios utópicos também eu queria
um outro Portugal em Portugal.
Mas quando regressei eu não o vi
como eles me perdi e nunca achei
o país sem mal.
Talvez a própria vida seja isto
passar montanha e mar sem se dar conta
de que o único sentido é procurar.
Como os índios do seu poema eu não desisto
sou um português errante a caminhar
em busca do país que não se encontra.
Manuel Alegre, Livro do Português Errante, Dom Quixote, Lisboa, 2001.
ou
o quinto poema do português errante
Querida Sofia: como os índios do seu poema
também eu procurei o país sem mal.
Em dez anos de exílio o imaginei
como os índios utópicos também eu queria
um outro Portugal em Portugal.
Mas quando regressei eu não o vi
como eles me perdi e nunca achei
o país sem mal.
Talvez a própria vida seja isto
passar montanha e mar sem se dar conta
de que o único sentido é procurar.
Como os índios do seu poema eu não desisto
sou um português errante a caminhar
em busca do país que não se encontra.
Manuel Alegre, Livro do Português Errante, Dom Quixote, Lisboa, 2001.
Edward Matthew Hale, The Mermaid's Rock, 1894
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Os Lugares- José Cardoso Pires
"Caminho por quelhas atapetadas de mato que se há-de transformar em estrume e em viveiro de larvas depois de moído por botas cardadas, calores e invernias e, caminhando, cruzo-me com vultos, alguns chegados da Vila. Vejo interiores de casebres alumiados a petróleo, são uma espinha de traves coberta com telhas em escama. Cavernames de navio, é o que me lembram. Pequenas arcas de Noé. Num ou noutro há o gato e a criança de barriga nua e de pernas arqueadas, num ou noutro há o cachorro e a galinha presa pela pata a uma cadeira, e em grandes alguidares de folha remexem enguias pardacentas. A noite está tranquila, húmida talvez."
José Cardoso Pires, O Delfim, Dom Quixote, Lisboa, 2002.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Canção Celta
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