" Morrie acreditava na bondade inerente das pessoas. Mas também via no que se podiam tornar.
- As pessoas só são más quando se sentem ameaçadas - disse mais tarde nesse dia -, e é isso o que a nossa cultura faz. É o que faz a nossa economia. Até pessoas que têm emprego se sentem ameaçadas, porque se preocupam em perdê-lo. E quando te sentes ameaçado, começas a pensar só em ti. Começas a fazer do dinheiro um deus. Faz tudo parte desta cultura. Exalou.
- É por isso que não a engulo. (...)
- Aqui está o que entendo por construir a tua própria subcultura. - disse Morrie - Não digo que se deva eliminar todas as regras da nossa comunidade. Por exemplo não ando nu por aí. Não acelero nos sinais vermelhos. Às pequenas coisas, posso obedecer. Mas as coisas grandes, o modo como pensamos, a que é que damos valor, essas coisas tens de ser tu a escolher. Não podes deixar nenhuma sociedade, nem ninguém, determiná-las por ti."
Mitch Albom, As Terças com Morrie, Sinais de Fogo, Lisboa, 1999.
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